Para refletir!!!

"Construimos muros demais e pontes de menos"
Isaac Newton

terça-feira, 26 de julho de 2011

Videogame vira tratamento médico


Videogame vira tratamento médico para vítimas de acidentes e derrames

Pacientes com AVC, degeneração cerebral e lesões usam técnica.
Jogos trabalham movimentos, coordenação motora, equilíbrio e memória.

Luna D'Alama Do G1, em São Paulo


Desde a criação de controles sem fio e comandos sensíveis aos movimentos do corpo, o videogame deixou de ser uma atividade sedentária. E agora deixa de ser também uma opção exclusiva para quem está em busca de diversão: os jogos são amplamente recomendados por médicos e fisioterapeutas para reabilitação de jovens a idosos com problemas vasculares, degenerativos ou lesões após acidentes.
“É uma terapia complementar, que deve ser feita em conjunto com a fisioterapia e outros tipos de estímulos”, diz o fisioterapeuta do Hospital Israelita Albert Einstein Gustavo Balieiro de Freitas, que atualmente atende seis pacientes em casa – a maioria com mais de 60 anos.
Games como Wii (da Nintendo), Xbox (da Microsoft) e PlayStation (da Sony) ajudam a trabalhar habilidades como memória, raciocínio, atenção e equilíbrio, e a recuperar movimentos perdidos ou prejudicados. Também melhoram a destreza, a coordenação motora, a velocidade e a concentração.
“O acompanhamento é importante para que o paciente faça o exercício da forma correta, e é bom lembrar que aquele período é de tratamento, não só de recreação”, afirma Freitas. Há dois anos e meio, ele trabalha com o Wii, por considerá-lo mais lúdico, fácil e simples.
Wii (Foto: Reprodução)Jogos do Wii como basquete, arco e flecha, desvio de obstáculos e esqui são indicados pelo fisioterapeuta Gustavo Balieiro de Freitas a pacientes com problemas motores, ósseos ou cerebrais  (Foto: Reprodução)
Segundo o fisioterapeuta, especializado em neurologia, quando há um profissional por perto a pessoa se sente mais segura e solta. A opinião é compartilhada pela terapeuta ocupacional Thais Terranova, que atua na Rede de Reabilitação Lucy Montoro, mantida pelo governo de São Paulo. “Para jogar em casa, sozinho, o paciente precisa ter a garantia de que não há riscos e a família pode ajudar”, explica.
Quando vai à residência de pacientes, Freitas propõe jogos de lógica, soma, cores e esportes, como tênis, boxe, boliche e arco e flecha. “Este último ajuda principalmente os portadores de Parkinson, pois melhora a concentração e o controle sobre os tremores”, conta.
Uma plataforma do Wii calcula peso, altura e índice de massa corporal ( IMC) para, em seguida, propor atividades possíveis àquele jogador.
“O videogame acaba sendo uma prova para ver se o paciente melhorou o desempenho, o que pode ser visto concretamente por números e pontos. É uma forma de mensurar a atividade, aumentar o grau de dificuldade ou escolher outra”, detalha Freitas.
E os movimentos trabalhados durante o treino também são feitos do ponto de vista funcional, ou seja, levando-se em conta o que aquele indivíduo precisa no dia a dia. Em geral, dos três dias de terapia convencional realizados na semana, um é reservado para o game.
De acordo com Freitas, o Albert Einstein está passando por reforma para adequar um espaço destinado a esse tipo de tratamento. “Acredito que para o ano que vem isso seja possível. O pedido de compra de equipamentos já foi feito”, diz. E a atividade poderá até ser realizada em grupo, o que na opinião do fisioterapeuta tem um ganho motivacional, de socialização, competição e compartilhamento.


Para mais informações acesse o site: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/07/videogame-vira-tratamento-medico-para-vitimas-de-acidentes-e-derrames.html

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Notícias

Ciência

Homínideos andavam eretos há 3,7 milhões de anos

Maria Fernanda Ziegler, Portal iG
O modo de andar com a postura ereta, típico do homem moderno, é muito mais antigo do que se imaginava, graças à análise de onze pegadas fossilizadas de 3,7 milhões de anos, encontradas em Laetoli, na Tanzânia. Elas são as pistas mais antigas deixadas por um ancestral humano. A nova descoberta contraria a hipótese de que as funções do pé moderno surgiram entre 1,7 e 1,9 milhões de anos.
“Nosso estudo puxa esta data dois milhões de anos para trás e sugere que isto aconteceu com o Australopithecus afarensis, que ainda vivia parcialmente em árvores”, disse ao iG Robin Cromptom da Universidade de Liverpool, um dos autores do estudo publicado hoje no periódico científico Interface.
De acordo com o estudo, o ancestral humano que habitava Laetoli tinha o dedão alinhado aos outros dedos do pé – semelhante aos humanos e diferente dos chimpanzés e outros grandes primatas. As pegadas mostravam maior profundidade nos calcanhares que nos dedos, o que indica um pé arqueado. “Isto é um indicativo de um caminhar ereto”, disse ao iG William Sellers da Universidade de Manchester, que participou do estudo. Em primatas, a pressão é maior na parte lateral do meio do pé. Os seres humanos são os únicos que têm pés arqueados, o que facilita a locomoção em duas pernas, pois os arcos são responsáveis pela absorção do choque quando o pé toca o solo.
A equipe obteve imagem 3D das pegadas de Laetoli e comparou os dados com estudos de pegadas e pressão dos pés geradas pelo caminhar de homens modernos e outros grandes primatas e do A. afarensis. Simulações de computador foram usadas para delinear os diferentes tipos de pegadas e modos de andar.

“O curioso é que nestas comparações descobrimos que alguns humanos saudáveis produzem pegadas mais parecidas com as de primatas que as pegadas de Laetoli. As funções dos pés representadas pelas pegadas são mais parecidas com os padrões encontrados em humanos modernos. Isto é importante pois o desenvolvimento destas características ajudou nossos ancestrais a migrar da África”, disse Cromptom.
O Australopithecus afarensis viveu na África há mais de 3 milhões de anos e tinha cérebros menores e mandíbulas mais fortes que o homem moderno. Antes deles, registros fósseis revelam que vivia no Quênia e na Etiópia o Australopithecus anamensis, há 4,2 milhões de anos. E antes ainda, vivia o Ardipithecus ramidus, o mais antigo ancestral humano que vivia da Etiópia, há 4,4 milhões de anos.

Novo hominídeo
Os pesquisadores acreditam que a análise das pegadas seja conclusiva para o assunto. “Por décadas houve uma disputa entre o que dizia os fósseis de pés sobre o modo de andar do A.afarensis e o que as pegadas de Laetoli diziam e nunca se chegava a um consenso. Agora temos uma resposta”, disse Cromptom.
O homem de Laetoli, provavelmente é um A. afarensis, por ser a única espécie, que se sabe, que vivia naquela região e naquela época. Porém, pesquisadores do estudo publicado hoje no periódico científico Interface, não descartam a possibilidade de uma nova espécie. “Não podemos ter certeza, a não ser que se encontre um esqueleto. Mas no momento, o único candidato que temos é o A. afarensis, embora tenha se levantado a possibilidade de uma espécie ainda não descoberta possa ter feito aquelas pegadas”, disse Sellers.

Notícia retirada do site http://www.potiguarnoticias.com.br/internas.php?pd=noticias_visualizar&id=11982